Araceae - Rhaphidophora

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O género Rhaphidophora compreende cerca de 100 espécies de plantas, na sua maioria trepadeiras lenhosas (lianas) - existem também espécies litófitas e reófitas - que se distribuem em regiões tropicais e subtropicais de África, Sudeste Asiático, Austrália e zonas do Pacífico. Descrito em 1842 pelo botânico alemão Justus Kasskarl, é um dos géneros da família Araceae mais representado na Ásia tropical.

A forma das folhas ajuda à identificação da espécie: como exemplos, existem folhas perfuradas na Rhaphidophora corneti, elípticas na Rhaphidophora conica e pinatipartidas ou mesmo quase pinasectas na Rhaphidophora tetrasperma. Esta última espécie é a mais relevante do ponto de vista ornamental.

O género Rhaphidophora engloba várias espécies de plantas tropicais; o formato das folhas ajuda à identificação das espécies - à esquerda Rhaphidophora cryptantha, à direita Rhaphidophora tetrasperma. Fotografia da esquerda por David Clode e fotografia da direita por Christian Holzinger em Unsplash.


Rhaphidophora tetrasperma

Esta liana de tamanho médio, nativa da Malásia e sul da Tailândia, é muitas vezes erroneamente designada Monstera minima, dada a semelhança das suas folhas recortadas com as da Monstera deliciosa. Possui caules alongados, moderadamente frondosos e algo tortuosos dos quais emanam raízes aéreas que permitem que a planta se apoie em troncos de árvores ou outras superfícies. A lâmina foliar, tipicamente pinatipartida na planta adulta, pode atingir mais de 30 cm de comprimento. É uma planta muito fácil de cuidar e de crescimento rápido, ideal para aqueles que ainda têm pouca experiência no mundo das plantas! 

De crescimento rápido e fácil de cuidar, a Rhaphidophora tetrasperma é uma excelente opção para quem se inicia no mundo das plantas! 


Cuidados:

Luz: abundante, indirecta; toleram, no entanto, ambientes menos luminosos.

Temperatura e humidade: temperatura amena a elevada, entre 18 a 30ºC, embora tolerem temperaturas mais baixas por períodos; gostam de humidade elevada, característica do seu habitat natural, mas toleram ambientes mais secos, uma vez que são plantas resistentes.

Substrato: deve ser arejado e garantir boa drenagem; beneficiam da troca anual de substrato na Primavera, idealmente para um vaso maior de modo a permitir o seu crescimento.

Rega: deixar secar os primeiros centímetros de substrato antes de regar novamente, pois são plantas sensíveis ao excesso de água; reduzir a rega no Inverno.

Fertilização: fertilizar mensalmente nas estações de crescimento (Primavera e Verão).

Toxicidade: plantas tóxicas para animais de estimação.


Problemas comuns:

  • Crescimento lento e folhas sem fenestrações: défice de luz.
  • Folhas amarelas: excesso de água ou exposição directa ao Sol.
  • Manchas irregulares de cor prateada nas folhas, por vezes com pequenos pontos pretos, acabando as folhas por murchar: infestação por tripes, insectos milimétricos sugadores de seiva, uma praga devastadora se não for tratada atempadamente.
  • Presença de pontos semelhantes algodão nos caules e folhas, por vezes com uma secreção pegajosa: cochonilha, uma das pragas mais prejudiciais às plantas.
  • Folhas pálidas ou secas, por vezes com padrão “salpicado” ou com teias no verso: ácaros-aranha, uma praga bastante prejudicial pois costuma passar despercebida em fases iniciais; as plantas são mais propensas a ácaros-aranha em condições de humidade reduzida.


Bibliografia:

Boyce, P. The Genus Rhaphidophora Hassk. (Araceae-Monsteroideae-Monstereae) in Peninsular Malaysia and Singapore. Gardens’ Bulletin Singapore, 51, 183-256. 1999

Boyce, P. The Genus Rhaphidophora Hassk. (Araceae-Monsteroideae-Monstereae) in New Guinea, Australia and the Tropical Western Pacific. Gardens’ Bulletin Singapore, 53, 75-183. 2001

Houseplant Central. Rhaphidophora Tetrasperma (Monstera Minima): Propagation And Care Guide. Disponível em https://houseplantcentral.com/raphidophora-tetrasperma/.Acesso em 1 Novembro 2022