Tal como as plantas do género Calathea, são conhecidas como “prayer plants”, devido à movimentação característica das suas folhas, que assumem uma posição vertical em resposta à baixa luminosidade do período nocturno. Também apresentam folhas com padrões impressionantes e são seguras para os animais de estimação.
Nas florestas tropicais de onde são nativas, as plantas pertencentes ao género Maranta crescem na horizontal, cobrindo o solo com os seus pecíolos e lâminas foliares. Quando são colocadas em vasos, a superfície que têm disponível para se estenderem é muito reduzida e à medida que crescem as folhas acabam por pender pela acção da gravidade, podendo partir-se. Ao contrário das plantas trepadeiras que desenvolvem mecanismos para aderirem a superfícies, como as raízes aéreas, as Marantas são desprovidas dessa característica e por isso não adianta usar um tutor para se apoiarem. Assim, estas plantas podem ser podadas periodicamente de modo a manter a sua forma e também para promover o crescimento.
No Inverno, as plantas pertencentes a este género podem entrar numa fase dormente, voltando a produzir novas folhas na Primavera. À semelhança das suas familiares Calathea, são plantas que beneficiam de luz indirecta, temperatura amena e humidade elevada, condições que encontram no seu habitat natural.
As Marantas apresentam folhas exuberantes e à semelhança das Calatheas mudam de posição consoante a luz ambiente.
Cuidados:
Luz: moderada, como por exemplo perto de uma janela virada a norte ou a nascente.
Temperatura e humidade: temperatura amena a elevada, entre 18 a 27ºC; preferem ambientes húmidos, pelo que beneficiam de estratégias que aumentam a humidade relativa como agrupar as plantas de necessidades semelhantes lado a lado, colocar recipientes com água por perto ou, se o clima for mesmo muito seco, utilizar humidificadores. Dica: limpar regularmente as folhas com um pano húmido permite que estas se mantenham saudáveis.
Substrato: deve ser arejado e garantir boa drenagem; beneficiam da troca anual de substrato na Primavera. Dica: se a planta for muito grande pode aproveitar-se a mudança de substrato para efectuar propagação, através da divisão de rizomas.
Rega: manter o substrato húmido mas não encharcado; é preferível usar água da chuva ou água destilada, pois são plantas sensíveis ao cloro e minerais presentes na água canalizada; em alternativa, deixar repousar água canalizada durante 24 horas antes da sua utilização. Dica: no Verão podem ser regadas com chuveiro no exterior, ajudando na limpeza das folhas.
Fertilização: fertilizar mensalmente na Primavera, a estação de crescimento.
Toxicidade: plantas não tóxicas para animais de estimação.
Problemas comuns:
- Folhas pálidas e enroladas: excesso de luz; evitar expor a planta ao sol directo.
- Crescimento estagnado: insuficiente fertilização ou excesso de fertilização.
- Pequenos discos castanhos nos caules e folhas: cochonilha-lapa, uma praga por vezes difícil de identificar
- Folhas pálidas ou secas, por vezes com padrão “salpicado” ou com teias no verso: ácaros-aranha, uma praga bastante prejudicial pois costuma passar despercebida em fases iniciais; tal como acontece com as Calatheas, as Marantas são vulneráveis a este aracnídeo sobretudo se o ambiente onde vivem for seco.
Bibliografia:
Pleasant, B. The Complete House Plant Survival Manual. Storey Books. 2005