O género Chamaedorea inclui pouco mais de 100 espécies de palmeiras, sendo um dos que maior diversidade apresenta, tanto no que diz respeito às características morfológicas das plantas como ao seu habitat.
Existem espécies que não ultrapassam os 20 cm de altura, com folhas de 15 cm, como a Chamaedorea tuerckheimii, e espécies que podem atingir os 15 metros de altura, como a Chamaedorea costaricana.
Grande parte das espécies são nativas de florestas tropicais com 800 a 1500 metros de altitude, existindo algumas, como a Chamaedorea nubium e a Chamaedorea costaricana, que habitam locais de altitude superior a 2300 metros. Salvo algumas excepções, são plantas que não sobrevivem em florestas secundárias, ou seja, florestas que resultam de um processo de regeneração após terem sido destruídas ou perturbadas (por exemplo, devido a incêndios, agricultura, etc.). Tal como a maioria das restantes palmeiras, as plantas pertencentes ao género Chamaedorea apreciam ambientes com sombra e humidade elevada.
Chamaedorea elegans
A Chamaedorea elegans, também conhecida por Palmeira de Salão, é uma das plantas ornamentais mais populares. Nativa das florestas do México e Guatemala, é uma planta de crescimento lento, fácil de cuidar, que no estado adulto atinge entre 90 a 120 cm de altura e 90 cm de largura, com folhas que podem chegar aos 60 cm de comprimento. Após os 3 anos de idade pode florescer, embora as sementes daí resultantes raramente sejam férteis. Aprecia ambientes de luminosidade mais reduzida, sendo muito sensível ao sol directo. Apesar disso, pode ser cultivada no exterior desde que colocada à sombra.
A variedade Chamaedorea elegans “Variegata” deve o seu charme às folhas variegadas em tons de branco, correspondente a zonas onde não há produção de clorofila, sendo ainda mais sensíveis ao sol directo, mas é uma planta igualmente fácil de cuidar.
A Chamaedorea elegans é uma das plantas ornamentais mais populares, sendo muito fácil de cuidar. A variedade "Variegata", na foto, apresenta folhas com variegação em tons de branco que parecem ter sido pintadas!
Cuidados:
Luz: moderada, indirecta; toleram ambientes menos luminosos.
Temperatura e humidade: temperatura amena a elevada, entre 18 e 27ºC; apreciam humidade elevada.
Substrato: deve ser arejado e garantir boa drenagem; beneficiam da troca anual de substrato na Primavera.
Rega: manter o substrato ligeiramente húmido mas sem encharcar pois o excesso de água pode provocar o apodrecimento da raíz.
Fertilização: fertilizar a cada 3 semanas na Primavera e Verão.
Toxicidade: plantas não tóxicas para animais de estimação.
Problemas comuns:
- Folhas pálidas ou secas, por vezes com padrão “salpicado” ou com teias no verso: ácaros-aranha, uma praga bastante prejudicial pois costuma passar despercebida em fases iniciais; as plantas do género Chamaedorea são especialmente vulneráveis a este aracnídeo sobretudo se o ambiente onde vivem for seco.
- Pontas das folhas castanhas: exposição directa ao sol, défice de água ou excesso de flúor ou cloro na água de rega.
- Pequenos discos castanhos nos caules e folhas: cochonilha-lapa, uma praga por vezes difícil de identificar
- Presença de pontos semelhantes algodão nos caules e folhas, por vezes com uma secreção pegajosa: cochonilha, uma das pragas mais prejudiciais às plantas.
- Manchas castanhas ou pretas nas folhas: infecção por fungos, um problema que pode ocorrer se o ambiente não for adequadamente ventilado.
- Manchas ou estrias de cor amarelada nas folhas: falta de fertilização.
- Folhas novas mais pequenas que as folhas antigas: falta de fertilização ou luz insuficiente.
Bibliografia:
Hodel, D. Chamaedorea: diverse species in diverse habitats. Bull. Inst. fr. études andines, Vol. 21 (2), 433-458. 1992
Hodel, D. Chamaedorea Palms 20 Years Later. Palms, Vol. 57 (4), 161-175. 2013
Pleasant, B. The Complete House Plant Survival Manual. Storey Books. 2005